O norte-americano Samuel Fuller é um atípico caso de realizador muito à frente do seu tempo. Ele sempre gostou de filmes vibrantes, apaixonados, que mexessem com temas tabus, o que o afastou bastante do público, inclusive daquela fatia mais exigentes de cinéfilos. Tanto é verdade que é muito difícil encontrar filmes dele na internet. É provável que isso tenha acontecido por uma razão simples: Fuller adorava mexer em vespeiros. Onde ninguém mais tinha coragem de meter a mão, lá estava ele a enfiar os dedos. Shock Corridor, é um dos filmes mais conhecidos que ele fez, tem todos os atributos que marcaram a sua obra.
A longa-metragem veio antes do chocante e polémico “Naked Kiss”, que falava de pedofilia, da maneira abusada e sem rodriguinhos que sempre caracterizou a abordagem do realizador. “Shock Corridor” é um pouco mais suave, mas só um pouco. O filme narra a saga do ambicioso jornalista Johnny Barrett (Peter Breck), que simula insanidade para ser internado num hospício e investigar o misterioso assassinato de um paciente cometido dentro desta instituição. Lá dentro, ele pretende entrar em contato com três outros pacientes que assistiram ao crime. A esperança de Barrett é conseguir extrair deles o nome do assassino e, assim, ganhar o prémio Pulitzer, o mais importante do jornalismo internacional.
Drama / Mistério
Ano: 1963
País: E.U.A.
Duração 101 minutos
Realizador: Samuel Fuller
Cast:
Peter Breck
Constance Towers
Gene Evans
Imdb
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